TV PCB Pará - Documentário sobre Raimundo Jinkings

segunda-feira, 26 de abril de 2010

PCB lança candidato a presidência da república.


A candidatura do Partido Comunista Brasileiro à Presidência da República não é para fazer barganha política com os outros partidos. É uma candidatura na perspectiva da construção de uma frente anti-capitalista e anti-imperialista permanente, na luta pelo socialismo.
Essa foi a tônica do discurso de Ivan Pinheiro, secretário-geral do PCB, no lançamento da sua pré-candidatura a presidente. Na ocasião também foi apresentado o livro com as resoluções do XIV Congresso do Partido, realizado em outubro do ano passado.
imagemCrédito: PCB
O auditório da Associação Brasileira de Imprensa, no qual ocorreu o evento, ficou pequeno para os militantes e amigos do Partido que compareceram à cerimônia. Em seu início, os membros da direção do PCB fizeram uma exposição da posição política que norteia as resoluções do XIV Congresso. Estavam na mesa, além de Ivan Pinheiro, Mauro Iasi, Eduardo Serra, José Paulo Neto e Ricardo Costa.
O secretário-geral fez uma avaliação da eleição de 2006 na qual o PCB participou em coligação com o PSOL e o PSTU. Segundo ele, naquela campanha não houve uma verdadeira composição programática entre os partidos, mas sim uma mera coligação eleitoral, o que contraria a política dos comunistas.
imagemCrédito: PCB
Ivan ressaltou a importância da candidatura própria à Presidência. Ele afirmou que a candidatura não fará concessões, mas que pretende mostrar a cara do Partido e explicar à população que existe uma alternativa ao capitalismo, que é o socialismo.
Ao comentar a presença do camarada José Paulo Neto, que voltou ao PCB após 18 anos sem militância partidária, Ivan disse que “o Partido nunca saiu de dentro dele”, ao fazer referência ao afastamento de José Paulo, por conta dos problemas, desvios e divisões que marcaram o PCB nos anos 80 e início dos 90.
Destacou ainda que não existe diferença entre os dois mais fortes candidatos eleitoralmente a presidente, mas sim uma disputa para definir qual será o melhor representante para administrar o capitalismo em nosso país.
Ivan Pinheiro conclamou os militantes e amigos do Partido a fazerem dessa campanha um forte instrumento de denúncia do capitalismo e da construção de um bloco revolucionário do proletariado, rumo ao socialismo.


A TRAJETÓRIA DE IVAN PINHEIRO:
Ivan Pinheiro, advogado, 64 anos, (Rio de Janeiro, 18 de março de 1946), pai de cinco filhas, é o Secretário Geral do PCB - Partido Comunista Brasileiro.
Iniciou sua atividade política ainda na adolescência, no Colégio Pedro II, onde estudou entre 1957 e 1963; foi diretor do Grêmio Estudantil. Participou ativamente do movimento secundarista.
Em 1965, ingressou na ainda Universidade do Estado da Guanabara - UEG (atual Uerj), onde estudou Direito. Nessa época, integrou-se ao Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8). Durante o curso, foi diretor do Centro Acadêmico Luiz Carpenter (CALC). Dada a sua trajetória como liderança estudantil, atualmente a sede do Centro Acadêmico chama-se "Sala Ivan Pinheiro".
Após a derrota da luta armada no combate ao regime militar, Ivan passou a considerar importante a participação no movimento de massas. Após desligar-se do MR-8, fez contato com o Partido Comunista Brasileiro na clandestinidade. Ingressou no PCB em 1976 e dele jamais se afastou.
A partir de 1976, passou a atuar no seu local de trabalho: o Banco do Brasil. Com a convocação das eleições do Sindicato dos Bancários, em 1978, pelos interventores do Ministério do Trabalho, candidatou-se à presidência do sindicato, por decisão do PCB. O pleito durou um ano e dez meses, em função de manobras do Ministério do Trabalho. A vitória final, através de uma votação esmagadora, consagrou Ivan Pinheiro como um dos principais líderes sindicais do país. Sob seu comando, o Sindicato dos Bancários se tornou, na prática, o principal centro de resistência à ditadura no Rio de Janeiro.
Sua trajetória como expoente do PCB teve início em 1982, quando foi realizado o VII Congresso Nacional do Partido. Neste evento, Ivan e os demais participantes foram presos, após invasão do local da reunião pela Polícia Federal. Com esta prisão, foi enquadrado no último processo com base na famigerada “Lei de Segurança Nacional”. No Congresso, que ocorreu depois, na clandestinidade, Ivan foi eleito para o Comitê Central, sendo então seu mais jovem integrante. É hoje o mais antigo membro da Comissão Política do Comitê Central, de que participa há 28 anos ininterruptos.
Em 1986, sua candidatura ao governo do Estado do Rio de Janeiro (lançada por uma Conferência Regional do PCB-RJ) foi retirada pelo Comitê Central, em favor do apoio ao candidato do PMDB, Moreira Franco. Ivan submeteu-se à decisão, de que discordava, e aceitou concorrer a deputado federal constituinte, em uma chapa própria do PCB. Apesar da boa votação obtida, não foi alcançado o coeficiente eleitoral.
No ano seguinte, liderou a esmagadora maioria dos sindicalistas do PCB na Conferência Sindical Nacional do Partido, impondo à sua direção a opção pela CUT, em detrimento da CGT. Desde 1981, Ivan divergia da maioria do Comitê Central, lutando contra o atrelamento do Partido ao PMDB e a conciliação de classe.
No início da década de 1990, com o colapso do socialismo na URSS e no Leste Europeu, uma grave crise emergiu no Partidão, resultando numa grande cisão, em janeiro de 1992, quando foi criado o PPS. Ivan Pinheiro assumiu, juntamente com Horácio Macedo e Zuleide Faria de Melo, a liderança do grupo que manteve-se fiel aos ideais estabelecidos na fundação do PCB, em 1922.
Em 1996, Ivan Pinheiro foi candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, tendo como lema "Uma Revolução no Rio". Apesar do fraco desempenho nas urnas, a campanha foi um marco importante para a reconstrução do PCB.
No XIII Congresso do PCB, em março de 2005, em Belo Horizonte, Ivan foi eleito Secretário Geral do Partido. Este congresso marcou a ruptura do PCB com o governo Lula e apontou um novo rumo para a estratégia partidária.
No XIV Congresso do PCB, em outubro de 2010, no Rio de Janeiro, Ivan Pinheiro foi reeleito para o Comitê Central do PCB, que o reconduziu à Secretaria Geral.

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sábado, 24 de abril de 2010

Linux comunista! Conheça o Estrella Roja

Olá camaradas.
Essa dica é para aqueles camaradas que estão querendo sair do mundo capitalista dos sistemas operacionais (WINDOWS/ MAC) e entrar para a revolução do Software Livre e que não abrem mão de uma postura política revolucionária. Venha conhecer e usar o Estrella Roja ou Red Star (Estrela Vermelha)
Site: http://www.estrellaroja.info

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nosso blog pela web

Olá camaradas.
É com orgulho que vemos nossos artigo sendo publicado em sites de notícias pela web. Agradecemos ao pessoal do Diário Liberdade por publicar nossa matéria sobre o software livre.
Podem ler diretamente lá

Diário Liberdade

Abraços

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domingo, 11 de abril de 2010

Jornada de Lutas do MST


Camaradas,
Abaixo reproduzimos a nota do MST sobre a Jornada de Lutas em defesa de reforma agrária e por justiça no campo.

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Prezada/os Companheiras e Companheiros,

Já faz 14 anos que policiais militares cometeram um dos maiores massacre de trabalhadores da história do Brasil. Em 17 de abril de 1996, a mando do governo do Estado - na época Almir Gabriel - foram brutalmente assassinados 19 trabalhadores rurais sem terra, deixando centena de feridos e 69 mutilados.

Até hoje, o caso permanece impune. Dos 144 acusados julgados, apenas 02 foram condenados, o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, mais ambos aguardam em liberdade, a análise de recurso a sentença.

A violência gera impunidade. Essa é uma das táticas da burguesia agrária para tentar nos derrotar. Eles pensam que assassinando nossos militantes e dirigentes iremos parar de lutar. Estão enganados, pois a cada ataque burguês, fortalecemos nossa luta, com mais mobilização, formação e ocupação de terras e seguimos construindo no dia-a-dia a vida e dignidade de milhares de trabalhadores e trabalhadoras no campo. 

É por isso que no mês de Abril, a classe trabalhadora se levanta e se põe em luta. Neste ano, no Estado do Pará realizaremos a JORNADA DE LUTA POR REFORMA AGRÁRIA E JUSTIÇA SOCIAL com duas ações: acampamento pedagógico da juventude na curva do “S” entre os dias 10 e 17 e acampamento na praça Mártires de Abril em Belém de 16 a 20.

Essa jornada é uma ação construída coletivamente pelos diversos movimentos e organizações sociais existentes no estado e também estarão acampados os trabalhadores do Movimento dos Ribeirinhos das Ilhas e Várzeas de Abaetetuba – MORIVA e MSTU.

Neste sentido, convidamos você a somar conosco nesta luta. No dia 14 de abril (quarta-feira) às 17 horas, contamos com sua presença, na última reunião de preparação da Jornada. A reunião acontecerá no auditório da SDDH situado na Av. José Malcher entre 14 de Março e Generalíssimo Deodoro. Segue em anexo, programação geral com as demais atividades previstas.

Mais uma vez, contamos com você nesta luta!!

Belém, 09 de abril de 2010.


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra


Reforma Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular!

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nota do movimento popular sobre a tragédia em Niteroi

Enquanto a mídia tenta criminalizar os moradores das favelas pela tragédia no Rio, o movimento popular começar se organizar e mostrar que o descaso e o abandono do poder público são as causas PRINCIPAIS desse desastre.


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Nós, moradores de favelas de Niterói, fomos duramente atingidos por uma tragédia de grandes dimensões. Essa tragédia, mais do que resultado das chuvas, foi causada pela omissão do poder público. A prefeitura de Niterói investe em obras milionárias para enfeitar a cidade e não faz as obras de infra-estrutura que poderiam salvar vidas. As comunidades de Niterói estão abandonadas à sua própria sorte.

Enquanto isso, com a conivência do poder público, a especulação imobiliária depreda o meio ambiente, ocupa o solo urbano de modo desordenado e submete toda a população à sua ganância.

Quando ainda escavamos a terra com nossas mãos para retirarmos os corpos das dezenas de mortos nos deslizamentos, ouvimos o prefeito Jorge Roberto Silveira, o secretário de obras Mocarzel, o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula colocarem em nossas costas a culpa pela tragédia. Estamos indignados, revoltados e recusamos essa culpa. Nossa dor está sendo usada para legitimar os projetos de remoção e retirar o nosso direito à cidade.

Nós, favelados, somos parte da cidade e a construímos com nossas mãos e nosso suor. Não podemos ser culpados por sofrermos com décadas de abandono, por sermos vítimas da brutal desigualdade social brasileira e de um modelo urbano excludente. Os que nos culpam, justamente no momento em que mais precisamos de apoio e solidariedade, jamais souberam o que é perder sua casa, seus pertences, sua vida e sua história em situações como a que vivemos agora.

Nossa indignação é ainda maior que nossa tristeza e, em respeito à nossa dor, exigimos o retratamento imediato das autoridades públicas.

Ao invés de declarações que culpam a chuva ou os mortos, queremos o compromisso com políticas públicas que nos respeitem como cidadãos e seres humanos.

Comitê de Mobilização e Solidariedade das Favelas de Niterói
Associação de Moradores do Morro do Estado
Associação de Moradores do Morro da Chácara
SINDSPREV/RJ
SEPE – Niterói
SINTUFF
DCE-UFF
Mandato do vereador Renatinho (PSOL)
Mandato do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL)
Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFUNK)
Movimento Direito pra Quem
Coletivo do Curso de Formação de Agentes Culturais Populares


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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Confirmado! Camarada Ivan Pinheiro pré-candidato a Presidente

Notícia excelente! dia 12 de abril será lançada nossa pré-candidatura a presidência da república e o camarada escolhido para essa tarefa foi Ivan Pinheiro. Leia mais em www.pcb.org.br

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Heróis do PCB: Raimundo Jinkings


Olá camaradas.
Agora veremos a história do maior livreiro do norte do Brasil e um grande dirigente do nosso PCB. Dirigiu o PCB no Pará durante todo o conturbado período do ocaso da ditadura militar e também durante nosso luta contra o PPS.
Texto extraído da Wikipédia.
Biografia
Nascido entre os trabalhadores rurais, no pequeno povoado de Turimirim, distrito do município de Santa HelenaMaranhãoBrasil, Raimundo Jinkings teve uma infância pobre. Desde cedo aprendeu os diversos ofícios que lhe garantiriam a sobrevivência enquanto aprendia, com o pai, as primeiras letras. Mal entrava na adolescência quando, na sua avidez de saber, em meio aos pertences de seu pai, descobriu e leu o livro do filósofo alemão Schopenhauer “As dores do mundo”, que lhe fez compreender que as lutas dos outros povos do mundo são as mesmas lutas do nosso povo. E que a história do mundo é resultado da eterna luta entre opressores e oprimidos. Acreditava que a transformação do sonho da justiça social em realidade seria possível com esforço coletivo e organizado.
Muito jovem ainda, trabalhando como jornalista e bancário, Jinkings dedicou-se às lutas de resistência dos trabalhadores contra a exploração capitalista e por sua emancipação econômica e política. Assumiu o comando do movimento sindical no Pará, liderando o CGT-Comando Geral dos Trabalhadores, cuja luta pelas reformas de base, urbana e agrária, organizou e fortaleceu o movimento dos trabalhadores do campo e da cidade. Integrava, ainda, os quadros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) quando foi deflagrado o golpe militar de1964, que objetivou impedir a transição de uma democracia limitada para uma democracia com ampla participação popular no país.
Como muitos brasileiros que resistiram à ditadura militar, pelas reformas sociais, por democracia e liberdade, Jinkings foi preso, teve seus direitos políticos cassados e foi sumariamente afastado de seu emprego em um banco estatal, pelo Ato Institucional Número Cinco, de 13 de dezembro de 1968, que intensificava o processo repressivo instaurado com a ditadura militar.
Quando saiu da prisão foi nos livros que buscou uma alternativa de sobrevivência. Leitor voraz, havia reunido em sua casa um rico acervo de livros, que comprava pelo reembolso postal, numa época na qual Belém carecia de livrarias. Foi esse contato próximo com editoras do sul do país que deu origem à Livraria Jinkings[1], ainda hoje um marco na vida cultural paraense.
Na condição de livreiro, Jinkings exerceu importante atividade formativa e política, preservando seu espírito combativo mesmo diante de um Estado autoritário, que visava impedir a qualquer custo o pensamento emancipador. A Livraria fundada por ele converteu-se em um ponto de encontro de estudantes, professores, artistas e intelectuais em geral que buscavam ali não somente uma literatura crítica mas também um espaço de discussão e reflexão sobre os rumos do país.

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Primeiros tempos

Raimundo Antônio da Costa Jinkings, o terceiro filho de Raimundo Jinkings e Francisca Leite jinkings, nasceu no dia 05 de setembro de 1927, em Turimirim, pequeno distrito de Santa Helena, região banhada pelo rio Turiaçu, no estado do Maranhão. Alfabetizou-se em uma pequena escola no município de São Francisco, para onde seus pais se mudaram, e continuou a estudar com o pai, em casa. Com apenas 8 anos perdeu a mãe, que morreu de parto deixando 8 filhos. A morte da mãe o marcou para o resto da vida.
Desde cedo aprendeu os diversos ofícios que lhe garantiriam a sobrevivência. Ajudava o pai, seja como boiadeiro, tangendo o gado (algumas poucas cabeças de gado bovino) e cuidando do rebanho de cabras – foi criado tomando leite e comendo queijo de cabra –, seja fazendo viagens a cavalo para o município limítrofe Pinheiros transportando mercadorias para a mercearia de seu pai, o “seu Dico”. Nas horas de folga brincava com ossos de bezerro, com os quais formava boiadas, além de outros brinquedos também improvisados. Aprendeu a caçar fazendo arapucas e pegando alguns animais que levava para comer com a família. Houve época também em que quebrou muito coco babaçu, que era comercializado pela família. Aos 12 ou 13 anos, juntamente com o irmão mais velho Hércules, foi para Pinheiros, para a casa das tias Zirza e Cora, ambas professoras, que o adotaram como filho e acompanharam seus estudos. Era chamado de “Diquinho” pela família.
Mal entrava na adolescência quando, na sua avidez de saber, em meio aos pertences de seu pai, descobriu e leu o livro do filósofo alemão Schopenhauer, “As dores do mundo”. Foi quando compreendeu que a luta dos outros povos do mundo é a mesma luta do nosso povo. Ao mesmo tempo, experimentou as razões do sofrimento do povo e sua vontade de fazer justiça.
Em Pinheiros, simultaneamente aos estudos, foi ajudante de alfaiate e de sapateiro. Já com 17 anos foi, ainda com o irmão Hércules, para São Luis, onde se empregou na tradicional loja de tecidos Rianil. Além disso, ele também vendia quadros de casa em casa e, ainda, estudava à noite.
Chegou a Belém do Pará em 1945. Acabara de completar 18 anos e foi se alistar na Força Aérea Brasileira (FAB), que convocava a juventude para suas fileiras. Foi no dia 29 de outubro de 1945, dia da deposição de Getúlio Vargas, ocasionada por um golpe do Exército, determinando o fim do Estado Novo. Iniciou o trabalho como soldado e em pouco tempo fez o curso e passou a cabo. Completado o tempo estabelecido para o serviço militar, passou a trabalhar como enfermeiro no Hospital da Aeronáutica.
Nessa época morava num casarão, onde se alugava quartos para rapazes, na esquina da Av. Tito Franco - hoje Almirante Barroso - com a Angustura. Continuou os estudos no ginásio Pará-Amazonas.
Em 1949, em uma festa no “Clube dos Aliados”, conheceu Mª Isa Tavares, com quem se casaria e que seria sua companheira por toda a vida. Logo em seguida, em 1950, prestou concurso para o Banco da Amazônia e foi aprovado. O menino santa-helenense conquistou um honroso 4o lugar em português. Ingressou no Banco no dia 26 de janeiro de 1951.

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Militância

Já militava, então, no Partido Socialista Brasileiro, cuja figura exponencial era o Dr. Cléo Bernardo, advogado, professor, deputado estadual e jornalista. Em novembro de 1951, Jinkings foi eleito Secretário Geral do Diretório do Partido e o Dr. Cléo, Presidente, fundando, portanto, o PSB no Pará.
Em 24 de dezembro de 1951 colou grau de humanista (curso ginasial) no Pará-Amazonas, tendo sido escolhido pelos colegas o orador da turma. Sempre se destacando, em 1952 entrou para o “Colégio Estadual Paes de Carvalho”, para cursar o 2o grau, e foi eleito para a diretoria do Conselho de Representantes do Centro Cívico Honorato Filgueiras, quando presidiu a comissão encarregada de elaborar o regimento interno do conselho.
Muito jovem ainda Jinkings dedicou-se às lutas de resistência dos trabalhadores contra a exploração capitalista e por sua emancipação econômica e política. Exercia forte liderança na luta dos bancários, Destacou-se na luta pelo monopólio estatal do petróleo, a campanha “O Petróleo é Nosso”, e foi um dos organizadores do 1o Congresso Regional Norte de Defesa do Petróleo, em 1952.
Em 1952, passou a escrever semanalmente para a "Folha do Norte" e também para o “Flash” e o “Estado do Pará”, iniciando aí a carreira do jornalista R.A. Jinkings.
Jinkings lutava em duas trincheiras: a das ruas e a dos meios (imprensa). Não raro, contam os historiadores, encontrava-se R.A. Jinkings encima de um caixote discursando contra o alto custo de vida (a carestia) e a exploração. Em portas de fábricas ou em praças ele tinha um grande poder de mobilização. Atacava em seus artigos e em seus discursos o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos que em novembro de 1952 estava em processo de análise na Câmara Federal.
Era um momento em que o Pará fervilhava com a luta contra o “baratismo” – o governo do General Magalhães Barata. Havia enorme mobilização popular e de estudantes, com forte repressão policial. Formou-se uma coligação onde o pequeno PSB exerceu aguerrida oposição a Magalhães Barata. O candidato da coligação era o Marechal Zacarias de Assunção que, vitorioso, foi eleito governador.
Raimundo Jinkings casou-se com Maria Isa Tavares Jinkings em 2 de maio de 1953 e foram morar em um pequeno apartamento na Vila do IAPI, no bairro de São Braz. À noite estudava na escola técnica “Fênix Caixeiral Paraense”.
Em 1953, o PSB lançou a campanha Marcha da Fome que Jinkings liderou juntamente com Cléo Bernardo e Jocelyn Brasil. Os dois primeiros - cada um em sua coluna no jornal - deram enorme repercussão à campanha. Jinkings foi preso e processado pelo DOPS, mas, defendido pelo amigo Cléo, saiu vitorioso. A prisão se deu na véspera de um grande ato chamado pela campanha e que fora proibido. Era uma tentativa de impedir sua realização.

Política

A repercussão de seus artigos era grande. O seu estilo direto e “sem papas na língua” provocava reações, muitas vezes do personagem citado, geralmente ligado ao poder. Denunciou, em um de seus artigos, o presidente licenciado do BASA - onde ele era funcionário - o Dr. Gabriel Hermes, que utilizara a estrutura do estabelecimento em prol de sua candidatura. O castigo veio logo: Hermes usou sua influência e conseguiu que fosse punido com a transferência para o Acre – a pior agência do Banco na época. Amigos de Jinkings conseguiram “atenuar” o castigo e ele foi transferido para São Luiz do Maranhão.
Raimundo e Isa Jinkings em 1960, já com 4 filhos, na Praça Batista Campos, em Belém
Em junho de 1955 a família, já com duas filhas – a mais nova com apenas 2 meses - mudou-se para São Luiz e lá permaneceram por 3 anos. Jinkings assumiu interinamente a gerência da agência. Logo, foi convidado para assumir a gerência da agência de Bacabal e mudou-se para lá. Em pouco tempo ganhou a confiança do povo daquela cidade, inclusive dos comerciantes, devido à sua administração, elogiada pela Direção Central.
Estava já com quatro filhos: Nise, Leila, Antonio e Álvaro (os dois meninos nasceram em São Luiz). Continuava escrevendo artigos jornalísticos, sempre com o mesmo espírito de luta e justiça. Participava das lutas sindicais e se aproximou do PCB, devido o PSB não existir no Maranhão.
Decidiu voltar para Belém, em 1959, onde teria melhores condições de educar os filhos e espaço mais amplo para a luta política. O financiamento para a sonhada construção de sua casa havia sido aprovado pelo Banco da Amazônia, mais um forte argumento para o retorno.
Em 1960 participou ativamente da campanha para a presidência da República, em que foram candidatos Jânio Quadros e o Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, o Marechal Lott. E, para Vice Presidente, João Goulart, o Jango. Nessa época a candidatura de presidente era desvinculada da de vice-presidente. Jinkings fez campanha acirrada a favor das candidaturas Lott-Jango, privilegiando o aspecto nacionalista. Os três maiores representantes da imprensa oligarca – Assis Chateaubriand, Júlio de Mesquita Fº e Carlos Lacerda - se uniram contra Jango e contra o Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB, que reunia intelectuais preocupados com os problemas nacionais. Venceu Jânio para presidente e Jango para Vice. Após um governo caótico, Jânio renuncia em agosto de 1961 em clima de convulsão social. Os militares tentaram impedir que Jango assumisse e foram vencidos por forte resistência popular liderada por Brizola. Jango assume a Presidência da República trazendo muita esperança e otimismo aos trabalhadores e aos nacionalistas.
Jinkings discursa em Ato Político de Paragominas, Pará
Era, então, presidente do Comando Geral dos Trabalhadores – o CGT – no Pará, o jornalista e bancário Raimundo Jinkings. Ele comandou o histórico 1º de maio de 1962 em Belém do Pará, mudando a linha das comemorações, antes com churrascos e festas. O CGT montou um palanque no centro de Belém, na Praça da República, chamou as autoridades locais, e fez um grande comício popular, que saiu depois em passeata. No palanque estavam os oficiais das três armas, o prefeito, o representante do governador e o bispo, como autoridades convidadas, e as Federações de Trabalhadores. Jinkings, como presidente do CGT, fez um discurso festejando a vitória da democracia que empossara Jango e respondeu publicamente a provocações vindas de autoridade ao fundo do palanque. Em seguida falou Zacarias Fernandes, representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores, com a mesma linha política e exaltando o ato promovido pelo CGT. Nesse momento algumas dessas autoridades debandaram, entre elas o bispo Don Alberto e o cel. Jarbas Passarinho. No dia seguinte os jornais estampavam os coronéis esbravejando e batizando Jinkings como “perigoso agitador”, apelido que não o abandonou mais até o início da redemocratização a partir de 1982.
Nasceu em 1961 a filha mais nova, Ivana. Já moravam, então, na nova casa construída com o financiamento do BASA.

[editar]Resistência

Incomodava tanto a direita, conta Alfedo Oliveria, que em 1963, quando se candidatou a vereador de Belém, teve sua candidatura impugnada pelos comandos militares, ainda sob o regime democrático. [2].
Em 1964, no entanto, as visitas ao DOPS “para prestar esclarecimentos” se tornavam mais freqüentes. Em 31 de março o CGT reuniu-se e decidiu deflagrar uma greve geral como resistência ao golpe iminente. Redigiram um manifesto e Jinkings encarregou-se de levá-lo ao Jornal do Dia. Cláudio Sá Leal, que era secretário de redação do jornal, mostrou-lhe o Manifesto de Minas, que o alertou para a gravidade da situação. No dia 1º Jinkings ainda foi ao sindicato para uma reunião que convocara na véspera e lá percebeu a presença de uns bancários “estranhos”. Mesmo assim fez seu discurso defendendo o mandato de Jango, mas, já não havia tempo, estava deflagrado o golpe militar e começavam as prisões. Jinkings era secretário Sindical do PCB e foi ao “aparelho” do Partido, encontrando-se com Jocelyn Brasil, Diretor de Agitação e Propaganda, e Humberto Lopes, Presidente, quando decidiram separar-se e procurar abrigo. Logo após a saída de Jinkings os dois dirigentes foram presos.
Passou uns tempos escondido na casa de amigos e parentes, mas, ante a ameaça de ser demitido do BASA por abandono de emprego, combinou com o advogado, o dr. Alarico Barata, de se entregar.
Foi preso e respondeu a inúmeros IPMs, tendo seus direitos políticos cassados. O banco, impossibilitado de demitir um concursado, suspendeu seu pagamento e só voltou a pagar 1/3 do salário após decisão judicial. Jinkings, enquanto isso, tinha uma família para sustentar: Isa e os cinco filhos pequenos. Montou uma barraca na feira Batista Campos e passou uma temporada vendendo gêneros alimentícios. Os colegas do banco, simpatizantes e até adversários respeitosos faziam questão de ir comprar na banca do Jinkings e da dona Isa. Logo, ele conseguiu se tornar representante de algumas livrarias que já o conheciam como leitor voraz que volta e meia pedia livros pelo correio.
As editoras Civilização Brasileira, Brasiliense e Fulgor passaram a enviar novidades para que revendesse. Assim nascia a Livraria Jinkings, - na sala de visitas do número 1567 da Rua Mundurucus - um marco na história do Pará e até hoje um ponto de encontro. Vendia literatura, livros científicos e políticos. A livraria foi crescendo, tornou-se freqüentada por intelectuais, estudantes e gente de esquerda que faziam dali um lugar de encontro e de debate.
Jinkings continuou sua luta de resistência, ao tempo em que enfrentava os ataques dos opositores. Em 1979 inaugurou um prédio novo na Rua Tamoios nº. 1592, ampliando a livraria em moderna instalação. Era o ano da Anistia Ampla Geral e Irrestrita. Às vésperas da visita de Miguel Arraes, a livraria foi pichada e metralhada pelo CCC – Comando de Caça aos Comunistas, que ainda incendiaram o carro do casal. Durante todo esse tempo também houve várias batidas da Policia Federal em busca de “livros subversivos”. Nesse ponto há muitas histórias interessantes sobre a interpretação dos livros e a estratégia de Jinkings para não se deixar surpreender.

[editar]Democratização

Raimundo Jinkings, representando os trabalhadores do Pará, discursa ao entregar documento de reivindicações políticas a Tancredo Neves. Na presença de Sarney, Ulisses Guimarães, Jader Barbalho, por ocasião da Campanha pelas Diretas. Foto Leila Jinkings
Na livraria havia um grande salão nos altos que foi sede de reuniões políticas e culturais de inúmeros eventos, durante toda a redemocratização. Foi formada a Frente Democrática em que Jinkings estava no comando. A esquerda e os democratas apoiaram Jader Barbalho nas eleições de 1982, derrotando a chapa dos conservadores remanescentes de 1964 Oziel Carneiro e Jarbas Passarinho.
Jinkings continuava a escrever artigos políticos onde denunciava fraudes e escamoteações da “desesperada oposição” e também expunha seu ideário marxista leninista.
Foi novamente preso em 1982, desta vez em São Paulo, onde participava do VII Congresso do PCB. Oficialmente era um encontro da Editora Novos Rumos, já que era ainda ilegal a organização. Lá, Raimundo Jinkings foi eleito para o Comitê Central. Por recomendação dessa organização, foi candidato a Deputado Federal em 1986, obtendo cerca de 6 mil votos, número considerado bastante expressivo, especialmente pela campanha anticomunista, já que usava a sigla e o nome do Partido.
Depois de tantas lutas e tantas vitórias, enfrentou uma decepção: a onda que ameaçou a existência do Partido, quando alguns de seus membros correram a acolher as idéias de Gorbachev e tentaram mudar o ideário e os símbolos do Partido Comunista Brasileiro. Com ardilosa estratégia, conseguiram apropriar-se dos bens do Partido, simulando uma maioria no X Congresso, realizado em São Paulo. Renegavam os símbolos e o ideal marxista, mas se diziam o mesmo partido, para manter a estrutura física e a formal. Sem arrefecer, Jinkings, acompanhado de inúmeras lideranças, como Oscar Niemeyer, Ana Montenegro, Horácio Macedo, Zuleide Mello e muitos outros, refundaram o PC – Partido Comunista – e lutaram para reaver a sigla (PCB), que era disputada com Roberto Freire, que chegou ao cúmulo de registrá-la no INPI, como sua propriedade.
Mais uma vitória de Jinkings: o Pará foi um dos primeiros entre os poucos estados brasileiros que conseguiram o registro formal do Partido, enfrentando uma burocracia restritiva cruel. Mais uma demonstração da sua tenacidade e convicção.
Só foi vencido em 1995, depois de longa enfermidade, não sem lutar muito. Antes, em 1993, foi eleito o Livreiro do Ano pela Câmara Brasileira do Livro e foi homenageado na Bienal do Livro. Deixou como legado a sua luta pela igualdade e contra as injustiças, o seu amor aos livros, uma família – 5 filhos, 9 netos e 1 bisneto – e muitos amigos que permanentemente o homenageiam.
Em 2007, foi construída uma página na internet, o blog do Raimundo Jinkings[3], por iniciativa de amigos, filhos e netos, além da sua companheira Isa, com o objetivo de manter viva sua história.

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Heróis do PCB: Jocelyn Brasil


Olá camaradas.
Continuando nossa epopéia trazemos hoje a História do brigadeiro Jocelyn Brasil, grande camarada que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Texto retirado de wikipédia. 
Jocelyn Barreto Brasil Lima (Sobral3 de junho de 1908 — Fortaleza8 de junho de 1999), mais conhecido como Jocelyn Brasil ou comoPedro Zamora (pseudônimo literário), foi um jornalistaescritor e coronel-aviador da Força Aérea Brasileira, de onde pediu reserva em 1952, como brigadeiro.
Deolindo, seu pai, era jornalista e trabalhava no jornal paraense A Província do Pará.
Na carreira militar, Jocelyn chegou a Comandante da Base Aérea de Belém, com a patente de Coronel da FAB - Força Aérea Brasileira. Logo em seguida, foi reformado no posto de Brigadeiro.
O escritor Jocelyn Brasil sendo entrevistado em livraria infantil (1998)
Combateu o governo de Magalhães Barata e nos anos 1950, integrou a Coligação Democrática Paraense, que elegeu Alexandre Zacarias de Assumpção. Foi a primeira derrota de Barata. Jocelyn teve papel destacado nessa campanha.
Comunista, foi homenageado no último Congresso Nacional do PCB - Partido Comunista Brasileiro na capital carioca.
Entre os livros que escreveu destacam-se: Marxismo: a "Varinha de Condão"O Mapa da Mina (a luta pelo petróleo); Voce acha que entende de futebol? Eu tambémAndanças e Lembranças(memórias); Memorial de um Cearense EnjeitadoEntre Letras e Baionetas- a trajetória de Raimundo Jinkings, além de outros. Em jornais e revistas publicou muitos trabalhos de crítica política e social. Os artigos esportivos ele assinava como Pedro Zamora.
Jocelyn Brasil,em 1989, visitou a Base Aérea de Belém para mostrar a uma pessoa amiga a foto de quando ele foi Comandante daquela unidade. A fotografia dele foi retirada da galeria dos excomandantes, quando Jocelyn foi preso.Após a Anistia a fot não retornou, permanecendo vazio o lugar de um excomandante que é tido como um militar que sabia exercer a autoridade com humanidade. O comandante da base aérea Jocelyn Brasil contava com os respeito dos militares  subordinados a ele.
Uma faceta pouco conhecida do escritor era o seu amor pelo futebol.Escreveu, assinando Pedro Zamora, o livro "Você Pensa Que Entende de Futebol? Eu Também."

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sábado, 3 de abril de 2010

TV online, Rádio online, notícias em tempo real: PCB

Olá camaradas.
Estamos inserindo e testando novos recursos em nosso blog. Como novidades temos:

1. Seção que acompanha o twitter do partido nacional;
2. Seção que acompanha as atualizações do site nacional em tempo real;
3. Seção que acompanha todas as notícias (na web) em português sobre o PCB em tempo real;
4. Tela de vídeos que exibe uma sequência de vídeos pré selecionados (documentários, vídeos do PCB, etc);
5. Rádio web online com músicas, vinhetas e notícias sobre o PCB (em desenvolvimento).
Esperamos que gostem e que opinem

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