TV PCB Pará - Documentário sobre Raimundo Jinkings

domingo, 27 de junho de 2010

Comitê Central do PCB admite a possibilidade de aliança com o PSOL nas eleições de 2010


* Ivan Pinheiro
As últimas duas semanas me obrigaram a uma das mais difíceis reflexões da minha vida de militante. Até então, fui um dos grandes entusiastas da chapa própria do PCB para a Presidência da República, em razão da impossibilidade de constituição da Frente de Esquerda e de outros fatores.
Percorri este ano 17 Estados brasileiros (alguns mais de uma vez) e em todos eles pude sentir o orgulho e a auto-estima da nossa militância, por termos candidato próprio no âmbito nacional. Era fácil perceber o consenso em torno da decisão. Não é para menos. Depois de 18 anos de reconstrução, o PCB se encontra no seu melhor momento, em termos de possibilidades de crescimento com qualidade.
Defendi na reunião do Comitê Central encerrada hoje a possibilidade de mudança desta política, a depender de algumas garantias e dos resultados da continuidade das negociações em torno de propostas que o PSOL nos tem apresentado, em relação às quais, a partir de amanhã, uma comissão composta pelo CC apresentará ponderações e contrapropostas decididas em nossa reunião.
A decisão pela continuidade dos entendimentos com o PSOL foi aprovada, após amplo processo de reflexão, debate e convencimento mútuo, num clima maduro em que se analisaram as perspectivas para além das eleições deste ano e os custos e benefícios da decisão.
Em linhas gerais, as propostas apresentadas formalmente pelo PSOL incluem, entre outros aspectos, o candidato a Vice do PCB, com tempo na televisão e protagonismo destacado; coordenação de campanha em condições de igualdade; programa político a ser construído em seminários amplos; coligações no âmbito estadual de livre decisão dos dois partidos, caso a caso; esforços conjuntos para a manutenção e ampliação da frente de caráter anticapitalista para além das eleições; participação política conjunta em mandatos parlamentares conquistados; campanha em movimento, com conselho político que incorpore outras organizações políticas e sociais.
O Comitê Central tem consciência do impacto que a notícia de uma eventual coligação com o PSOL, se efetivada, poderá provocar em nosso meio e em nosso entorno: perplexidade, dúvidas e até desconfianças. O mais complicado é que este cenário pode se dar a poucos dias do encerramento do prazo para registro de candidaturas.
Devo reconhecer que meu discurso durante a pré-campanha contribui para esta perplexidade. Como estava convencido de que não haveria possibilidade de constituição da aliança, reafirmei o tempo todo, com veemência, que a nossa chapa própria nacional era irreversível.
Mas, se a aliança vier a se concretizar, tenho certeza de que o PCB é maduro para compreender politicamente as razões da decisão, superar a perplexidade inicial e se dedicar como um todo à campanha eleitoral, com o mesmo entusiasmo e a mesma energia que teríamos com a chapa própria.
Com a responsabilidade que exerço hoje, por delegação do PCB, e como nosso candidato a Presidente, não posso deixar de externar a minha opinião.
O orgulho natural de ser o candidato a Presidente da República pelo PCB não pode se sobrepor à reflexão serena e responsável do que é melhor para o Partido. E o melhor para o Partido é sempre o que é melhor para a revolução socialista brasileira. É preciso olhar para além de 3 de outubro de 2010!
Até recentemente, era consenso no Comitê Central que alguns fatores importantes inviabilizavam a coligação, como registramos na Nota Política “Por que o PCB vai apresentar candidatura própria nas eleições presidenciais”:
- O trauma das eleições de 2006, em que a candidata a Presidente não respeitava coordenação de campanha nem acordos, subestimava a necessidade de um programa e falava o que lhe vinha à cabeça, além de privilegiar na campanha candidatos de sua preferência pessoal;
- A dissolução, após as eleições, da Frente de Esquerda, que não passou de uma coligação eleitoral;
- O exercício personalizado dos mandatos parlamentares conquistados pela coligação;
- A postura errática do PSOL, desde setembro do ano passado, para a escolha de sua candidatura à Presidência, que passou pela aposta em Heloísa Helena, pela ilusão em Marina Silva e por uma dramática disputa interna que parecia deixar seqüelas de difícil superação.
Por outro lado, havia entre nós a avaliação de que os setores sindicais do PSOL iriam compor uma central sindical/popular com o PSTU, dentro de um acordo que poderia levar a uma coligação eleitoral entre esses dois partidos.
Outra avaliação que tínhamos era de que, em função das seqüelas das disputas internas, a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio poderia ser “cristianizada” por parte importante do PSOL, que se alinhara em torno de outra candidatura na disputa interna e que esse partido passaria por uma crise desagregadora.
No entanto, fatos e informações recentes nos indicam que houve importantes alterações neste quadro:
- O Congresso em que se criaria a nova central encerrou-se com uma divisão de complexa reparação.
- O PSOL recompôs sua unidade dentro da diversidade mais cedo que esperávamos e a candidatura Plínio unificou todas as correntes nacionais do partido, à exceção de um grupo regional que gravita em torno da candidata ao Senado por Alagoas.
Estes fatores levaram a CPN a reavaliar o quadro político, sem paixão, corporativismo ou autoproclamação, à luz das Resoluções do XIV Congresso, já que a nossa política eleitoral é condicionada à tática e a estratégia da revolução brasileira.
Desta forma, na semana passada, a CPN resolveu convocar a reunião do CC que hoje se encerrou e, aceitando a proposta do PSOL de continuar o diálogo, constituiu uma comissão específica para participar destes entendimentos, que se desdobraram por toda a semana passada, resultando na apresentação, por parte do PSOL, de uma proposta formal. O Comitê Central considerou positiva, mas insuficiente em alguns aspectos, a proposta apresentada e resolveu dar curso aos entendimentos.
A orientação do CC é no sentido de autorizar uma comissão de entendimentos a avançar na negociação, procurando fazer com que o acordo seja bom para ambas as partes e possa ser celebrado até esta quarta-feira.
Segundo a posição aprovada na reunião do CC, a aliança eleitoral com o PSOL nestas eleições pode criar um patamar elevado para estreitar a unidade de ação, em nosso país, nas lutas contra-hegemônicas, diante da ofensiva do capital, o que pode ter reflexos positivos no relacionamento entre nossos partidos e militantes, no ambiente sindical e operário, no movimento estudantil e entre a juventude trabalhadora, na solidariedade internacionalista e em outras frentes de luta.
Uma vez concretizada, esta aliança eleitoral pode contribuir para a atração de um pólo importante para a constituição da frente anticapitalista, se formos capazes de influir no sentido de uma campanha movimento em que, nas lutas concretas com os diversos movimentos políticos e sociais e personalidades do campo socialista, possamos ir criando um clima de unidade e debatendo um programa comum. A parceria eleitoral pode ajudar na transformação da frente num espaço permanente de consultas, acordos e lutas comuns.
Neste momento, temos que ter maturidade para perceber que esta aliança tem elementos táticos e estratégicos importantes e que não tem contradições com a necessidade de reconstruir revolucionariamente o PCB.
A maturidade que caracteriza os comunistas está acima dos raciocínios do curto prazo e do espírito de corpo; devemos privilegiar o que é melhor para o proletariado, para derrotarmos nossos inimigos de classe e para a revolução socialista.
Ivan Pinheiro
Secretário Geral do PCB (Partido Comunista Brasileiro)
27 de junho de 2010
Obs.: este texto foi aprovado pelo Comitê Central do PCB.

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sábado, 19 de junho de 2010

Eleições 2010 - Reunião entre PCB e PSOL

Ocorreu no dia de hoje (19 de junho) uma reunião entre o PCB e o PSOL no escritório político do Senador José Nery para discutir a conjuntura política para as eleições de 2010 e a possibilidade de coligação entre os dois partidos.

O PCB participou com a intenção de ouvir as ponderações do PSOL e em seguida encaminhar as observações colidas para uma avaliação própria da direção estadual, cujo objetivo será avaliar e decidir as estratégias políticas do partidão para as lutas políticas do restante do ano e também para os desafios das eleições nacional e estadual

Estiveram presentes pelo  PCB, o secretário político Severiano Carvalho, secretário de finanças Augusto Teixeira, pelo PSOL, estiveram presentes Aldenor Júnior, a pré candidata ao senador Marinor Brito e o pré candidato ao governo Fernando Carneiro.

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

PCdoB contra a amazônia.


É camaradas, a máscara do PCdoB esta caindo (se é que já não caiu). Agora irmanados co  o agronegócio miram na devastação da amazônia. Bom afinal o PCdoB quer é grana para fazr campanha!!

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ONGs mostram cartão vermelho a Aldo Rebelo
 O Estado de S.Paulo
A apresentação do relatório do projeto que altera o Código Florestal Brasileiro pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ocorreu em meio a manobras de obstrução e clima de confronto entre ruralistas e ambientalistas. A sessão foi tumultuada desde a leitura da ata até o encerramento.
"Esse relatório tem um lado: o relator contratou uma assessora do agronegócio", disparou Ivan Valente (PSOL-SP). Ele se referia à contratação da advogada Samanta Piñeda, ligada aos ruralistas, que recebeu R$ 10 mil por uma consultoria ao projeto, conforme noticiou o Estado ontem. O dinheiro foi pago com a verba indenizatória de Rebelo e do presidente da comissão especial, Moacir Micheletto (PMDB-PR).
Grande número de militantes de ONGs ambientalistas compareceu à votação para protestar, obrigando a comissão a organizar uma sala contígua com telão para comportar o público. A cada artigo do projeto ou observação polêmica do relator, os manifestantes levantavam cartões vermelhos, em sinal de desaprovação.
Micheletto encerrou a sessão após a leitura do relatório e convocou uma nova reunião para votar o texto para hoje à tarde. Valente anunciou que vai pedir vista e retardar ao máximo a votação da matéria, que irá direto a plenário, caso seja aprovado na comissão especial de meio ambiente. / VANNILDO MENDES

Rafael Cruz
(Greenpeace)
"O relatório traduz as demandas de quem o Rebelo mais ouviu: basicamente o poder público local e representantes do agronegócio. Seu texto revoga um artigo que estava na versão original do código, de 1934, e que foi mantido na revisão feita em 1965: o que tratava as florestas como bens públicos. A anistia sem critérios a todos os que vêm desrespeitando o código é um prêmio para quem agiu fora da lei. O texto está perdoando os desmatadores. No geral, é um retrocesso."

Desmate equivale a 3,5 vezes o Estado de SP
09 de junho de 2010 | 0h 00
BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Três vezes e meia o território do Estado de São Paulo. Essa é a dimensão da área desmatada nas propriedades rurais do País que deveria estar preservada pelas regras do Código Florestal, cuja mudança é discutida por deputados. A comparação tem como base o cálculo mais conservador levado ao debate na Câmara.
O professor da USP Gerd Sparovek calcula que 870 mil km2 de vegetação nativa desapareceram de onde deveria haver áreas de preservação permanente, como beiras de rios.
Cálculo feito pela própria comissão especial do Código Florestal apresenta uma soma ainda mais dramática: 960 mil km2 de áreas ocupadas hoje por atividades de agricultura e pecuária deveriam voltar a ter vegetação nativa, caso a lei atual fosse mantida e cobrada obediência a ela. Isso significa quatro vezes o tamanho do Estado de São Paulo.
O custo da recomposição é bilionário. E, embora os números não sejam contestados pelos dois lados, ambientalistas e ruralistas divergem sobre a necessidade de novas áreas para plantações e, sobretudo, em como enfrentar o resultado de anos de desobediência à lei.
O estudo reconhece o custo elevado de recompor integralmente áreas desmatadas. Mas insiste que a agricultura pode ganhar espaço em áreas ocupadas com pecuária extensiva. / M.S.
Código Florestal reduz área protegida
09 de junho de 2010 | 0h 00
Marta Salomon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
 
Dedicado aos "agricultores brasileiros", o projeto com mudanças no Código Florestal apresentado ontem em comissão especial da Câmara dos Deputados reduz de 30 para 7,5 metros a área mínima de preservação ambiental às margens dos rios.
A medida integra um pacote de flexibilização das atuais regras de proteção do ambiente, estabelecidas desde os anos 60. Elas vêm sendo descumpridas pela maioria dos 5,2 milhões de produtores rurais do País.  
Desmatador pode ter cinco anos de moratória
Proposta, incluída na reforma do Código Florestal pelo relator Aldo Rebelo, isentaria produtores rurais que não respeitam a lei de multas até 2016
08 de junho de 2010 | 0h 00
Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
Moratória. Área de floresta desmatada na região de Marabá, no Pará; multas suspensas    
 BRASÍLIA
Produtores rurais que descumpriram o Código Florestal terão mais cinco anos para se ajustar à nova legislação. A moratória é prevista no relatório que o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresenta hoje, com mudanças no código. A intenção é levar a proposta ao plenário da Câmara antes das eleições.

No período de cinco anos da moratória, os produtores rurais em desacordo com a lei não poderão ser multados. Caso o projeto seja aprovado e entre em vigor em 2011, as punições só começarão em 2016, depois do final do mandato do sucessor de Lula.
Decreto baixado em dezembro pelo presidente havia suspendido as punições até junho de 2011. Há mais de R$ 10 bilhões de multas em processo de cobrança.
O relatório mantém o porcentual de propriedades que deverá ser preservado como Reserva Legal (entre 20% e 80%, dependendo da região), mas transfere aos Estados a prerrogativa de arbitrar quais áreas deverão ou não ser preservadas, até mesmo nas margens de rios. A ideia é manter as áreas ocupadas com a produção de alimentos.
As áreas de proteção permanente, às margens dos rios, poderão ser descontadas no porcentual da Reserva Legal. E as propriedades pequenas, com até 4 módulos rurais, ficarão dispensadas de cumprir a área de reserva. Os demais produtores terão regras de preservação para as áreas que superarem 4 módulos.

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