Prefeito criminoso de Belém, Duciomar Costa, tenta privatizar completamente os serviços públicos que são obrigação do estado. Para tanta ousadia conta com apoio (envergonhado) da governadora Ana Júlia Carepa (PT)
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Tarifa social da água fica inviável com privatização da Cosanpa
O período extraordinário da Câmara Municipal de Belém convocado pelo prefeito Duciomar Costa ainda vai gerar muita confusão na próxima segunda feira (5). A sessão foi convocada para garantir votação do projeto de lei para privatizar serviços municipais. O principal é a privatização dos serviços de abastecimento de água, hoje realizados quase na sua totalidade pela Companhia de Saneamento do Pará, a Cosanpa.
Segundo a direção do Sindicato dos Urbanitários do Pará, com a privatização do abastecimento de água, cerca de 120 mil residências em bairros da periferia de Belém poderão ficar sem água. São consumidores da Cosanpa hoje beneficiados com a tarifa social, de R$14,00, que tem consumo de até 10 mil litros cúbicos de águapor mês.
Pelo projeto da prefeitura, deverão ser privatizados também serviços de transporte público de passageiros, que já é de fato, mesmo em sistema de concessão pública; os serviços funerários e cemitérios; a operação e fiscalização do trânsito; a construção de equipamentos e instalações para exploração de empreendimentos turísticos, de lazer, náuticos, culturais, científicos e tecnológicos. O projeto de lei prevê ainda a construção de equipamentos urbanos; estacionamento de veículos e construçao de garagens subterrâneas em bens públicos.
Além desses ítens, o que mais está causando indignação é o que trata da privatização da água. A privatização do saneamento básico inclui captação de água bruta, adução, reserva, tratamento, transporte, reuso, reciclagem edisposição final de resíduos líquidos; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;drenagem de águas pluviais.3
Os serviços de captação, tratamento e distribuição de água pela Cosanpa abastecem 300 mil unidades residenciais, comerciais e industriais somente em Belém. Isso representa 70% do abastecimento. Em pleno século XXI e ainda com fartura, a água não chega hoje em 20% das residências da capital. O abastecimento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (Saaeb), da prefeitura, não chega a 10% e em milhares de residências a água ainda sai de poços -boca larga-, o chamado poço amazonas, sem nenhum tratamento e muitos em lençois freáticos já contaminados por resíduos de fossas, lixo e outros resíduos poluentes.
Para o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Ronaldo Romeiro, o projeto de privatização do saneamento básico em Belém é um crime que vai prejudicar bastante a população e a cidade, assim como está acontecendo em Manaus, que depois da privatização quase toda a periferia daquela cidade está praticamente sem água, por falta de investimentos da empresa que ganhou a privatização.
Em Belém, cálculos indicam que a estrutura e o patrimônio da Cosanpa estão avaliados em R$ 1,2 bilhões. Quem vai indenizar tudo isso? E os investimentos que foram feitos? reage o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Ronaldo Romeiro. Ele diz que nenhuma empresa, diferente da Cosanpa, vai investir em áreas mais carentes. Além do déficit mensal, em torno de R$ 5 mihões, bancados pelo governo do estado, fazer a água tratada chegar a todas as residências em Belém custa pelo menos R$ 2 bilhões.
- Com a privatização, a saúde vai piorar porque a metade da população vai ficar sem água tratada, critica.
Ele denuncia que, assim como os serviços de abastecimento de água foram sucateados durante doze anos, a prefeitura sucateou o Saaeb, que sobrevive com ajuda dos servidores da Cosanpa, está sucateando a Companhia de Trasnportes do Município de Belém (Ctbel), a Companhia de Informática de Belém (Cinbesa) e não faz manutenção nas bacias de estabilização do Aurá. O chorume que sai do lixão e do aterro sanitário são um grande risco para contaminar as águas do Lago Bolonha, segundo Ronaldo Romeiro.
Interesses - A privatização também esconde interesses espúrios, alguém quer se beneficiar
com a venda desses serviços, nós colocamos em dúvida a defesa desses interesses, tanto do ex-presidente do Saaeb, Raul Meirelles, quanto do prefeito Duciomar Costa, a privatização é uma irresponsabilidade com a população de Belém, por causa deles o saneamento básico da cidade deixou de receber investimentos , arremata o secretário de Saneamento do Sindicato, Pedro Bloís.
com a venda desses serviços, nós colocamos em dúvida a defesa desses interesses, tanto do ex-presidente do Saaeb, Raul Meirelles, quanto do prefeito Duciomar Costa, a privatização é uma irresponsabilidade com a população de Belém, por causa deles o saneamento básico da cidade deixou de receber investimentos , arremata o secretário de Saneamento do Sindicato, Pedro Bloís.
Para o sindicallista, o mais viável para o município é passar a concessão para o Estado. Mas agora, ele acredita que isso também é um risco. Porque a governadora, que participou do abaixo assinado contra a privatização, agora apoia o projeto do Duciomar, ironizou. Amanhã os urbanitários vão ás Praças da República e Batista Campos fazer campanha de esclarecimentos junto á população contra a privatização do saneamento básico em Belém.
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